Pesquisas Concluídas
Adriana D’Agostini (2017 – 2018)
Estudo comparativo entre Brasil e Espanha sobre juventude, escolarização e desemprego diante da crise estrutural do capital
Descrição: A proposta versa sobre juventude e desemprego a partir de um estudo comparativo entre Brasil e Espanha. Pretende-se analisar e compreender o papel e as configurações para a educação como eixo central das estratégias que tentam contornar a crise do sistema do capital, em especial na relação entre desemprego e juventude tanto no Brasil como na Espanha. Desde a década de 70 carateriza-se a crise do capital como estrutural devido ao desemprego estrutural e tem-se tentado reorganizar o sistema produtivo para aliviar as consequências da crise. A partir desta perspectiva, temos acompanhado a alteração nos padrões de contratação, a diminuição da oferta de postos de emprego integral e protegido juridicamente, o aumento da taxa de desemprego em todo mundo, principalmente entre os jovens, mesmo em países considerados desenvolvidos como Grécia (24,4%), Espanha (20,9%), Portugal (12,2%), França (10,3%). Ao analisar a configuração do mercado de trabalho no contexto da ?flexibilidade?, Harvey (2002) explicita que há um grupo seleto central (que diminui cada vez mais) de postos de trabalho que conferem maior segurança no emprego, perspectivas de promoção e que demandam maior qualificação geral; e na periferia, existem as ofertas de trabalho em tempo integral que exigem habilidades facilmente encontradas no mercado, ligadas à tarefas rotineiras e pouco especializadas e em tempo parcial, contratos por tempo determinado, temporário, subcontrato, terceirizado, sem segurança alguma e requerendo baixíssima qualificação. Nesse contexto, percebe-se um processo de precarização das condições de trabalho, que diminui a proteção ao trabalhador e desonera as organizações contratantes. O que provoca, nos jovens, baixa expectativa com o futuro. O desemprego estrutural é um problema atual e de grande expressão tanto no Brasil (país periférico) como na Espanha (país central ? União Europeia). Segundo o relatório ?Emprego Mundial e Perspectiva Social? (2015), o desemprego mundial afetava 197,1 milhões de jovens. Os indicadores de desemprego em 2016 no Brasil é de aproximadamente 13,5% e deste 15,5% de desemprego juvenil. Já na Espanha é de 21% e deste 45,5% são de desemprego juvenil. Destaca-se dois aspectos preocupantes para a juventude: a suspensão da sua possibilidade de autonomia/independência e a falta de perspectiva de futuro. Neste espectro a educação, o processo de escolarização e o alargamento da mesma tem tomado uma dimensão cada vez maior. Assim, pretendemos analisar as políticas destes dois países para a escolarização da juventude que segue ameaçada pelo desemprego. Nos perguntamos: qual a dimensão da educação formal (ensino médio) e demais programas de qualificação profissional como estratégia para solucionar um problema estrutural? Isto é possível? Quais as possibilidades e os limites destas políticas nos dois países? Tomamos como foco do estudo a pesquisa bibliográfica e documental numa perspectiva crítica, fundamentado no materialismo histórico dialético, por concordar com Frigotto (1997) que este método permite a apreensão radical da realidade, que possibilita a busca de transformação e de novas sínteses no âmbito do conhecimento e da realidade histórica. A partir da pesquisa bibliográfica pretendemos compreender a crise estrutural e mundial do capital (Mészáros e Harvey); aprofundar estudos sobre o desemprego estrutural (Mészáros, Harvey); localizar a situação e os conflitos vividos pela juventude do Brasil e da Espanha diante do desemprego (pesquisas do Brasil e do grupo de pesquisa sobre Transformação do Mundo do Trabalho (TMT), a saber ?Juventude Pobre e Escolarização: relações com a escola, o trabalho e a cultura em territórios de precariedade? e a pesquisa sobre juventude realizada pelo prof. Xavier Rambla e sua equipe na Espanha, intitulada ?Abjoves? (proyecto ABJOVES – El abandono escolar prematuro en España..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico: (2) Doutorado: (4) .
Integrantes: Adriana D’Agostini – Coordenador / Xavier Rambla – Integrante.
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico: (2) Doutorado: (4) .
Integrantes: Adriana D’Agostini – Coordenador / Xavier Rambla – Integrante.
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