Pesquisas Concluídas

– MISSÃO CIVILIZATÓRIA E EXTREMISMO: UM CASO DE REALISMO POLÍTICO.

Ricardo Gaspar Müller, coordenador. Financiador(es): Universidade Federal de Santa Catarina – Remuneração / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Resumo: O projeto está vinculado à linha Ideias, Instituições e Práticas Políticas. Seu objetivo geral é reavaliar parte da obra política de E. P. Thompson, como referência para a análise de relações específicas entre questões teóricas e políticas contemporâneas. Avaliamos de que modo a categoria exterminismo responde às perguntas e proposições de Thompson, à sua inquietação, já que, de seu ponto de vista, essa categoria deveria expressar a lógica histórica e o processo de transformação das relações sociais – enfim, sua defesa da razão e da liberdade. Significa, portanto, apreender a relação entre realismo e utopia em seus projetos e realizações e, nesse movimento, definir uma nova relação entre teoria e prática e categorias de análise para uma reavaliação crítica do cenário político e intelectual contemporâneo. Para realizar essa proposta, confrontamos as condições definidas por Thompson para validar a categoria de exterminismo e a ideia de “Missão Civilizatória”, por meio da análise de alguns processos político-militares recentes, tendo como marcos os ataques de Setembro de 2001 e os movimentos de ameaças, preparação, invasão e ocupação do Iraque pelos EUA, configurando um caso de realismo político. Nesse sentido, como objetivos específicos, buscamos: 1. Identificar e analisar as doutrinas de legitimação desses movimentos em termos das premissas de “Missão Civilizatória”. 2. Identificar, comparar e analisar os conteúdos e premissas dessas doutrinas e confrontar conceitos como fundamentalismo, cultura, civilização e ‘choque de civilizações”. 3. Selecionar, analisar e discutir tópicos relacionados à prática e ao pensamento de E. P.Thompson como teórico e político. 4. Destacar as relações entre a proposta metodológica de Thompson (como a relação entre teoria e evidência, base de sua “lógica histórica”; a centralidade da ontologia; o real e seus referentes e os conceitos como categorias históricas) e seu engajamento político.

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